Resenha do livro Sexo Anal




Numa narrativa rápida, ágil e desbocada – não no sentindo propriamente chulo, mas sem reservas e pudores – Sexo Anal [uma novela marrom], de Luiz Biajoni, faz de uma hemorróida o estopim de uma história onde o sexo, a perversão e os bastidores de um jornal se cruzam em um livro de 218 páginas. O nome, Sexo Anal, choca logo de cara, mas não há um título melhor para defini-lo: é o elemento desencadeador dos acontecimentos.

Virgínia, uma jornalista recém-formada, descobre no sexo anal feito com seu namorado, Luiz, uma fonte de prazer – a única que realmente a satisfaz e a enlouquece. Porém, surge um inconveniente: uma hemorróida, que a leva até as mãos – ou outra parte do corpo – do proctologista Dr. Júlio. Tocada pelo médico, em uma parte que a faz delirar, se entrega ao momento – e ao proctologista. Enfim, trai seu namorado e a trama se inicia.

Sexo anal permite penetrar vagarosamente – com perdão da brincadeira – nos bastidores de uma redação jornalística, onde Virgínia, sendo parceira de reportagem de Assis, tem que reportar a história de um estupro seguido de morte de uma adolescente de 13 anos. Nos desdobramentos da história, o leitor começa a entender que, nem tudo o que está nas páginas de um jornal é reflexo da realidade. Por isso, a imprensa pode ser chamada de marrom. O que combina, e muito, com o subtítulo do livro.

Com uma linguagem simples, sem rebuscamentos e direta, Biajoni proporciona uma literatura rápida, quase febril, no sentido de descrever as cenas, incrementar com ação e, por fim, amarrar com um erotismo sem ser chulo. É, antes de tudo, uma obra para se divertir e dar algumas risadas com as situações embaraçosas da personagem. Seus dilemas, seus prazeres, suas conseqüências: tudo é articulado de forma a envolver o leitor nesta história que já conta com mais de dez mil downloads. Vale a pena conferir.

Comentários

  1. O título é sensacional! E a história parece interessante, visto a situação!

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